Preso na manhã desta sexta-feira (3), durante a 4ª fase da Operação Lesa Pátria, o ativista bolsonarista e policial militar aposentado, William Ferreira da Silva, o ‘homem do tempo”, deve ser encaminhado para um presídio estadual, onde vai aguardar o pronunciamento do Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Federal em Brasília. “Todos os presos, em um primeiro momento ficam nas unidades prisionais dos respectivos estados até pronunciamento posterior”, informou.
A prisão de William “homem do tempo” foi noticiada em primeira mão pelo RONDONIAGORA. Até então havia confirmação apenas de cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua casa, na capital do estado.
Ele é alvo de investigação por participação em atos de terrorismo e depredação de prédios públicos no começo do ano em Brasília. O próprio William “homem do tempo” gravou sua participação nesses atos e de outros “patriotas”, como mencionou em vídeos. Dias depois deu declarações a um site estava passeando na capital federal quando soube das invasões e decidiu apenas acompanhar.
William “homem do tempo” foi candidato em várias eleições, tanto municipal como estadual. É natural de Brasília e completa 59 anos na próxima terça-feira.
Quem é William Ferreira?
Conhecido como “O Homem do Tempo”, William Ferreira já foi sargento da Polícia Militar de Rondônia e nas Eleições 2022 se candidatou como deputado estadual, mas não foi eleito.
Antes disso, ele já havia tentado vagas na Câmara de Vereadores e Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), desde 2012. Em todas, ficou apenas como suplente.
Ele tem 58 anos, é casado natural do Distrito Federal (DF) e conhecido em Rondônia por fazer transmissões nas redes sociais mostrando flagrantes da cidade, como acidentes e crimes policiais.
William foi ao Distrito Federal acompanhado da esposa e das filhas, menores de idade.
O g1 tenta localizar a defesa do ex-candidato a deputado.
Operação Lesa Pátria
Durante a 4ª fase da Operação Lesa Pátria, são cumpridos três mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em cinco estados – Rondônia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, São Paulo – e no Distrito Federal.
A PF afirma que os fatos investigados na operação, em tese, constituem os crimes de:
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado;
- associação criminosa;
- incitação ao crime;
- destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A qualificação dos crimes, no entanto, deve ser feita apenas ao fim das investigações, quando os suspeitos forem denunciados formalmente à Justiça pelo Ministério Público.