O presidente Jair Bolsonaro e congressistas no Palácio da Alvorada; Ciro Nogueira será convidado na 2ª feira para assumir a Casa Civil – Sérgio Lima/Poder360-1º.set.2020
O presidente Jair Bolsonaro disse que sua aproximação com os partidos do chamado Centrão –grupo de partidos sem coloração ideológica clara que adere aos mais diferentes governos – deve-se à governabilidade. Deu a declaração em entrevista à Rádio Grande FM, de Dourados (MS), nesta 6 feira (23.jul.2021).
“A minha aproximação ao partidos de centro é pela governabilidade. Sou obrigado a fazer isso aí. Como disse lá atrás, se alguém tem alguma bronca contra qualquer parlamentar, não esqueçam que vocês colocaram aqui dentro”, disse o presidente.
O chefe do Executivo confirmou que fará o convite ao senador Ciro Nogueira (PP-PI) para chefiar a Casa Civil de seu governo. Disse ainda que a MP (Medida Provisória) que reorganiza os ministérios está pronta.
“A questão do Ciro Nogueira vir para o nosso governo, obviamente a MP está pronta, mas só vou mandar para publicação depois de conversar com ele. Ele não está em Brasília, retorna na 2ª feira, vou conversar com ele, falar quais os limites e fazer a proposta para ele”, declarou.
Bolsonaro disse que o PP é uma possibilidade de partido para se filiar e disputar a reeleição em 2022. Repetiu, porém, que não é candidato.
“Tentei e tento um partido que possa chamar de meu e possa realmente, se for disputar a presidência, ter domínio do partido. Está difícil, quase impossível. Então o PP passa a ser uma possibilidade de filiação nossa”.
A decisão de escolher Ciro Nogueira para chefiar a Casa Civil foi tomada na tarde de 3ª feira (20.jul), num encontro com Bolsonaro do qual participaram, de maneira às vezes alternada, Fábio Faria, Onyx Lorenzoni, Luiz Eduardo Ramos, Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Paulo Guedes (Economia).
Bolsonaro ouviu sugestões tanto de políticos do Centrão –grupo do qual Ciro Nogueira é um dos expoentes– como de Fábio Faria, ministro das Comunicações e um dos mais ativos articuladores políticos do presidente. Contou na decisão de Bolsonaro o juízo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que há muito tempo criticava tanto a atuação de Ramos como de Onyx.
Fonte: Poder 360