O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) destaca as ações do Núcleo de Operações Aéreas (NOA) em ações de Segurança Pública no Estado. Em quase dois anos, depois da reativação em 2019, o NOA já acumula milhares de horas de voo, sob o comando atual do tenente coronel Bruno Ranconi.
De acordo com um dos pilotos de helicóptero do NOA, o delegado de polícia Evanilso Calixto Ferreira, que inclusive foi o primeiro a chefiar o Núcleo de Operações Aéreas em Rondônia, “o NOA foi recriado em março de 2019, vinculado à Gerência de Integração de Segurança e Fronteira (Gesfron) com a finalidade de gerir as ações de aviação de Segurança Pública em todo o Estado, no âmbito da Sesdec, de acordo com as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Hoje temos em operação no NOA 23 pessoas entre policiais civis e militares”.
NOA EM AÇÃO
As aeronaves estão sempre em ação quando são acionadas, seja de dia ou à noite. A movimentação pode ser acompanhada pelas redes sociais oficiais do núcleo. Entre as atuações mais recentes, o piloto destaca as operações de reintegração de posse em áreas rurais de difícil acesso em que “o apoio aéreo é fundamental para esse tipo de operação que é mais complexa, no que se refere à Segurança Pública e necessita de todo um aparato policial. É gratificante ter o reconhecimento dos policiais que estão em campo, tendo em vista que o reforço aéreo é fundamental para aumentar a capacidade de sucesso da operação. Muitas vezes, quando chegamos no interior do Estado e as pessoas muitas vezes não sabem que a Polícia de Rondônia tem helicóptero e assim sabem que nossa segurança é feita de forma séria, está equipada, recebe investimento do Executivo Estadual para deixar nossa população mais segura”, complementou o piloto.
Em abril deste ano, o NOA atuou em apoio à Polícia Federal (PF) e à Força Aérea Brasileira (FAB) no combate ao tráfico de drogas. Um avião que transportava 579 quilos de cocaína foi localizado por uma das aeronaves do NOA que atua também no sentido de salvar vidas prestando suporte aéreo nas ações de Segurança Pública. “Em junho atuamos numa ocorrência em apoio ao Grupo de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar (GBS/CBM) que tentava localizar um homem que estava há 2 dias perdido nas proximidades do Rio Madeira. O NOA conseguiu localizá-lo numa região de mata fechada.
Mas nem sempre isso é possível. “Esta semana mesmo, uma situação nos deixou muito tristes, na região de União Bandeirantes, distrito de Porto Velho. Fomos acionados numa ocorrência de um grave acidente na BR-364 em que uma jovem de 19 anos, grávida de sete meses, envolvida no acidente teve uma parada respiratória, precisava de uma cesariana de urgência, para a retirada do bebê. Nós de imediato levamos o médico até o local, a cirurgia foi feita, mas infelizmente o bebê também não sobreviveu”, conta o piloto ainda consternado.
OPERAÇÕES AÉREAS
Criado em 2009 como Núcleo de Aviação de Segurança Pública, contava apenas com a aeronave Falcão 1, com capacidade para apenas duas pessoas, um piloto e um tripulante operacional. No início o núcleo funcionou nas instalações do Hangar do Governo, no Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira em Porto Velho. Atualmente, os trabalhos são desenvolvidos na Avenida Amazonas 8371, bairro Escola de Polícia, na Capital.
Em 2015, a aeronave multimissão Esquilo, a Falcão 2, com capacidade de voar numa velocidade de 250 quilômetros por hora, em diversas direções, podendo resgatar e/ou socorrer um enfermo, bem como localizar um fugitivo, aumentou a versatilidade possibilitando ao NOA apoiar as mais diversas operações policias, como: atendimento de ocorrências de alta complexidade, roubos, ocorrências com reféns, reintegrações de posses urbanas e rurais, estudos de situação, operações de resgate e salvamento de feridos e perdidos, transporte inter hospitalar de enfermos graves, além de servir de apoio aos outros órgãos estaduais e federais.
Em 2020 passou a integrar o Núcleo de Operações Especiais a aeronave Robinsom 66, a Falcão 3, com capacidade para até cinco ocupantes, com autonomia de três horas de vôo, pode ir direto da Porto Velho, para Ji-Paraná, Cacoal, Guajará-Mirim com apenas o abastecimento feito no ponto de partida. “Com essa aeronave é possível chegar a todas as localidades de Rondônia, principalmente naquelas de difícil acesso, onde não há pista para pouso de avião”, destacou Calixto lembrando que essa aeronave foi apreendida em uma operação da Polícia Federal em São Paulo e autorizada pela Justiça Federal do mesmo estado para ser utilizada em Rondônia. Chegou praticamente sem custos para o Estado após esforços do Governo de Rondônia.
Com essas três aeronaves o NOA tem contribuído especialmente no patrulhamento urbano e fiscalização do decreto governamental no combate à covid-19, estando também à disposição da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) para transportar os profissionais da Saúde, materiais e equipamentos ao interior do Estado, mantendo a essência de unidade integrada de aviação de Segurança Pública, composta por policiais militares e civis, que exercem as funções de pilotos, operadores aero táticos, apoio de solo e administrativos.
Falcão 3 chegou praticamente sem custos após esforços do Governo de Rondônia PROJETO SOCIAL VOAR
Hoje a base de operações do NOA fica no bairro Escola de Polícia em uma área de 7,5 mil metros quadrados, doada pelo Governo do Estado, na zona Leste de Porto Velho, uma das áreas de maior ocorrência policial. Desde 2019, são oferecidas no local diversas atividades desportivas voltadas para cerca de 230 crianças e jovens alunos da Rede Pública de Ensino. Mas atualmente as atividades no Complexo Esportivo do Projeto Social Voar, estão suspensas devido a pandemia, mas devem retornar em breve com a liberação de aulas presenciais.
fonte: Ari