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General Mourão, vice de Bolsonaro, critica 13º salário e abono de férias: ‘Jabuticabas brasileiras’

Postado Dia setembro 27th, 2018

Presidente do PSL disse que declaração reflete uma ‘posição pessoal’; Alckmin ataca

Candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão afirmou que o décimo-terceiro salário e o abono das férias são “jabuticabas brasileiras”. Ao criticar o custo de manter um trabalhador durante uma palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana (RS), na última quarta-feira, o militar disse que esses benefícios da lei trabalhista são um peso para o empresário. A declarção foi rebatida pelo próprio Bolsonaro nesta quinta-feira.

– Temos algumas jabuticabas que a gente sabe que é uma mochila nas costas de todo empresário. Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Se a gente arrecada 12 (meses), como é que nós pagamos 14? É complicado. E é o único lugar em que a pessoa entra de férias e ganha mais, é aqui no Brasil – disse Mourão, que continua:

General Mourão deu palestra em Uruguaiana na última quarta-feira – Reprodução/Facebook

– São coisas nossas, a legislação que está aí é sempre aquela visão dita social, mas com o chapéu dos outros, não é com o chapéu do governo.

 
 

Questionado sobre a declaração de Mourão, o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, disse ao GLOBO que a crítica ao 13º e às férias é uma posição “pessoal”.

— Essa não é uma proposta da campanha do Jair Bolsonaro ou do Paulo Guedes. Não há nada sobre acabar com o 13º salário. Isso é uma posição pessoal do (General) Mourão — disse Bebbiano.

A declaração de Mourão provocou a reação do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin:

– Não é possível achar que o trabalhador que sua a camisa e muitas vezes é até explorado não tenha direito a um 13º salário. Não é razoavel – afirmou Alckmin após deixar um evento evangélico em São Paulo href=”https://oglobo.globo.com/brasil/alckmin-vaiado-em-abertura-de-evento-evangelico-em-sao-paulo-23106641″>em que foi hostilizado por eleitores de Bolsonaro.

 

Mourão já havia criado polêmica ao dizer que lares que só têm mãe e avó são “fábricas de desajustados”, e ao se referir a parceiros comerciais do Brasil na África e na Ásia como “mulambada”. Repreeendido pela cúpula do PSL pelas falas, o general evitou o contato com a imprensa e passou a adotar um discurso mais contido. Ele dizia ser vítima de frases descontextualizadas, retiradas de suas palestras.

De acordo com general Mourão, Bolsonaro teria telefonado para o vice apenas para pedir que ele mantivesse a calma nesta reta final de campanha. Entretanto, afirma que a decisão de adotar uma postura mais comedida em suas palestras teria sido pessoal.

— Eu mesmo cheguei a (essa) conclusão. Eu apresento dados e no momento político que estamos vivendo, o dado, apesar de ser totalmente verdadeiro, acaba-se punido o emissor por questões políticas. Eles se aproveitam dessa hipocrisia que se vive na política para fazer algumas generalizações — disse Mourão, em referência às polêmicas anteriores.

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