A construção da ponte de concreto com 90 metros de extensão no rio Machadinho, na RO-205 (MA-28), ligando o município de Machadinho do Oeste ao Estado do Mato Grosso, está em fase final. Na sexta-feira (25) foram concluídos os trabalhos de instalação das vigas no último vão da ponte.
Pela programação, nesta terça-feira (29) será executada a concretagem da sobrelaje do último vão da plataforma de concreto na qual o Governo de Rondônia investe mais de R$ 2,5 milhões para eliminar uma ponte velha de madeira, que constantemente apresenta problemas e deixa inúmeras comunidades isoladas.
A empresa responsável pela obra informou ao Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER), que até o final da próxima sexta-feira fará a liberação do trânsito sobre a ponte de concreto, e interditará a atual ponte de madeira.
O diretor-geral do DER, Lioberto Caetano, explicou que a empresa precisa isolar a ponte de madeira para iniciar a construção das alas de contensão do aterro. Ao mesmo tempo, conforme Caetano, serão construídos os guarda-corpos (proteção lateral) da ponte. “Já chegamos a 95% da obra. Logo o governador Confúcio Moura poderá inaugurar a ponte que liga a região de Machadinho do Oeste ao Estado do Mato Grosso”, afirmou.
IMPORTÂNCIA
Darci Konzen trabalha com a produção de leite e depende diretamente da ponte no rio Machadinho para vender sua produção. Ele atenta que a situação dele é igual à de centenas de produtores de leite na região e também dos grandes produtores de grãos e das madeireiras instalada no Mato Grosso, que transportam suas cargas para Machadinho. “A base da economia depende dessa ponte que vai resolver nossos problemas”, destacou Konzen.
Há cerca de 30 dias a ponte de madeira foi danificada por vândalos, deixando parte da população de Machadinho por 15 dias sem acesso à cidade e vice-versa. Demildo Aparecido é proprietário de uma embarcação (voadeira) e durante esse período ele trabalhou como voluntário fazendo o transporte de populares. “Passava o dia fazendo baldeação dos moradores, principalmente de alunos e professores. Eu fazia o transporte gratuito, mas algumas pessoas cobravam R$ 10 pela travessia”, comentou.
O sitiante Gregório Siqueira Matheus disse que chegou a pagar pela travessia porque não podia ficar aguardando muito tempo pela embarcação de Demildo Aparecido. “Eu moro em Machadinho, mas todos os dias eu precisava ir trabalhar no sítio para produzir e poder pagar minhas contas e sustentar minha família. Pagava R$ 10 na ida e R$ 10 na volta. A inauguração dessa ponte é o sonho da população”, declarou.
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Fonte: Assessoria