As queimadas estão causando transtornos e prejuízos no Norte do Brasil. O estado de Rondônia é um dos mais atingidos e está em estado de emergência. O mês de junho foi o pior dos últimos oito anos.
Os incêndios tomam conta dos campos e das principais cidades de Rondônia. Todo ano essa cena se repete. Em Ariquemes, a 200 quilômetros de Porto Velho, o fogo que começou em uma propriedade rural chegou bem perto da linha de transmissão de energia elétrica. O dono do sítio conseguiu retirar os animais entre as chamas para que eles não morressem queimados.
Na terça-feira (21), mais de 20 bombeiros tentaram apagar incêndios que atingiram várias regiões de Porto Velho. Um deles aconteceu em um depósito da Secretaria de Segurança Pública do Estado, onde ficam centenas de carros e também motos. Um levantamento ainda está sendo feito, mas muitos veículos foram destruídos. As causas estão sendo apuradas.
Os bombeiros chegam a atender 17 pedidos de socorro por dia só em Porto Velho. A maioria dos incêndios é em terrenos baldios. “Estamos atendendo dentro das nossas possibilidades. Hoje nós temos dois caminhões fazendo o combate diretamente e mais um terceiro que é o reserva”, explica o tenente comandante Nivaldo Ferreira, do Corpo de Bombeiros de Rondônia.
O maior problema da fiscalização é identificar os responsáveis pelo incêndio, seja em casa, em uma área na beira da estrada ou em uma propriedade rural. Quando os fiscais encontram um incêndio, ninguém sabe, ninguém viu quem colocou fogo. Isso acaba deixando impune esse tipo de crime.
Um comitê com os órgãos públicos está mobilizado para tomar medidas de prevenção e punição, já que as queimadas podem aumentar, porque os meses mais quentes e secos, que são agosto e setembro, ainda estão por vir.
